Um líder eclesiástico que chama hip hop de lixo tem o perfil capitalista que vive trancado em igreja vendendo a salvação, não conhece a realidade e necessidade da periferia deste país (e quer falar de missões). Não sobe favela, pois o valor que cobra para pregar o evangelho e cantar é algo que o favelado não pode pagar. Estes levitas e palestrantes, pois não se denominam pregadores, pois cobram para pregar, estão inacessíveis a condição financeira do morro. O pior, se sente agredido porque a favela alcançou uma vitória. Para quem conhece a trajetória de Racionais, não foi fácil quebrar recordes e preconceitos. Letras que retratam uma realidade que insistem em jogar debaixo do tapete.
A propósito, quantos shows de grandes nomes da música gospel temos em favela por ano? Quantos grandes pregadores (palestrantes) sobem o morro com a palavra da salvação sem cobrar nada?
O evangelho se tornou capitalista.
Marco Feliciano, o deputado da chamada bancada evangélica (que na verdade não existe), às vezes gosta de aparecer.
Ganharia o reino dos céus se apenas pregasse o evangelho, de preferência lá na favela, se possível nas quebradas de mano Brown.
Sim, Marco Feliciano chamou Racionais de lixo cultural.
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