As ideias estão sempre lá, onde o caos não pode encontrar.
A folha em branco é sinal que algo se perdeu. Onde havia inspiração só restou o vazio agonizante de uma mente que já foi frutífera.
A ausência de fé é resultado do milagre que não veio, do joelho que não mais se dobra e do silêncio do que já foi um clamor. Talvez Deus tenha sido apresentado de forma errada, o impossível continuou cada vez mais impossível. Sem milagre não há fé e sem fé não há crença que sobreviva. Na visão do homem o milagre tem que ser palpável.
Quem se calou primeiro, Deus ou o homem? Em algum momento o diálogo vira silêncio. A página fica em branco esperando a próxima história a ser registrada, mas o caos está lá dizendo para não desistir, pois você é capaz, que só os fracos desistem. Sim, o sistema.
O caos é a ordem e a ordem é o caos, é assim que se tornam o equilíbrio. Então a luz era as trevas e as trevas eram a luz, até que foram separadas e nomeadas. Os grandes milagres foram contados desde o início, mas aquele que parecia o menor de todos não veio, tornou-se impossível. Numa avalanche de tudo dando errado deu certo o rompimento de um relacionamento profundo e sincero.
O livro ganhou uma página em branco para simbolizar o silêncio entre duas eras.
O silêncio, a página em branco,... As ideias! O caos continua lá esperando sua voz, uma única ordem para que se preencha a folha em branco com aquelas ideias!